Sábado de manhã bem cedo toca a saír do conforto da naninha para a paz de espirito ou seja à descoberta para nós de mais um magnifico Trilho na Baixa Limía de Xerês. Nove horas e cento e cinquenta Km feitos em estrada lá chegamos ao lugar de Bouzas, lugar bonito com gente muito simpatica (tem cerca de quinze habitantes) e o nosso oferecido guía "Lucas" que se pronteou para nos levar no nosso trilho de hoje, claro com autorização de seus donos.
Chegados a Bouzas e após dois dedos de conversa com os donos do Lucas seguimos por caminho empedrado em direção ao Foxo do Lobo de Guende, um Fojo como chamámos em Portugal, Fojo da Cabrita muito bem sinalizado em reconstrução ainda, porque segundo nos informaram nossos amigos Espanhois sofrem do mesmo mal que nós Portugueses, muito dinheiro para sua reconstrução mas que a meio foi parar aos bolsos de alguém, mas não foi para isso que lá fomos e sim apreciar sua beleza e valeu a pena sim. Daqui seguimos até às Lamarelhas onde encontramos uma rocha em forma de cubo com uma cruz de madeira e um nome gravado na pedra "Gonçalo", Lugar onde faleceu "Frei Gonçalo Coelho" “Frei Gonçalo no cumprimento dos seus deveres pastorais (Pitões e Cela no outro lado da fronteira), surpreendeu-o a neve, o frio e a noite em plena serra do Gerês, por alturas dos cornos da Fonte Fria, onde faleceu enregelado no dia 2 de Fevereiro de 1501.
Os frades das Júnias, acompanhados de numerosos populares, logo que deram pela falta do santo abade, foram à sua procura e encontraram-no morto, de joelhos, enterrado na neve, de olhos fixos no céu e com os braços em cruz. Possuídos de religioso respeito, levaram-no para o mosteiro, onde lhe deram sepultura, e consideram-no santo. Durante séculos, numerosos devotos de Pitões e de muitas povoações da região, tanto de Espanha como de Portugal, acorriam a rezar junto do seu túmulo e a ele recorriam nas horas de aflição confiando-lhe todas as suas necessidades. A cabeça do Frade Santo ainda no século XIX se venerava na igreja do convento. Ficou na história de Pitões com o nome de S. Gonçalo”.e continuamos para o Coto da Aguia onde apreciámos as brincadeiras do Lucas a mergulhar no riacho e a rebolar-se na Lama, (imaginem um pequeno cão tipo entre labrador e pastor alemão de cor beje claro a mergulhar na agua e depois a rebolar-se na lama) é assustador mas é instinto animal. Sempre com Fonte Fria ao nosso alcance lá continuamos até sua base onde almoçamos. Durante almoço e um pouco de conversa com uns jovens de Vigo que faziam trilho de Guende a Fonte Fria lá os orientamos para suas duvidas e apareceu um jovem de Lisboa que nos fez companhia no café o Luis funcionário do jardim zoológico de Lisboa mas que parece conhecer melhor o Gerês do que nós. Aproveitei a companhia do Luís para subir mais uma vez ao cume da Fonte Fria e apreciar tão grande beleza. Já que o Luís ia para a Capela de S. João aproveitamos sua companhia até Cabeço de Mação onde seguimos trilho para o Prado Seco e o Luís continuou em frente. Daqui continuamos para Carneiro Bravo até à Corga de San Marino e daqui até ao Ribeiro da Fonte Fria onde viramos à esquerda seguindo trilho paralelo ao Ribeiro até à Ponte e daqui foi um pulinho até Bouzas onde fomos devolver o Lucas aos seus donos. Um magnifico trilho que de certeza iremos repetir, é simplesmente maravilhoso, claro está com uma companhia como a minha Célita todos são maravilhosos. Mas este è excelente mesmo.
Desde já um obrigada ao Luís, aos donos do Lucas e ao Lucas que foram maravilhosos.
Distancia- 17,25 Km Duração- 09h 44m Dificuldade- Moderado
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