Célitos da Montanha: Um dia em Pitôes das Junias

Devido á meteorologia não dar tréguas e caminhar com chuva não é nosso forte, decidimos devido ás saudades da montanha, passar um dia em Pitões das Junias, aldeia de Barroso a cerca de 1100 mts de altitude, concelho de Montalegre.
Depois de uma pequenina volta pela aldeia pois a chuva não parava fomos almoçar ao Dom Pedro, maravilha de restaurante com uma decoração tipica de montanha, com uma comida caseira que só experimentando se pode dizer alguma coisa, optamos pelo cozido á Portuguesa, o sabor da carne é divinal e a quantidade acho que é demais, uma dose dá para dois e ainda sobra comida.
Em seguida fomos visitar Mosteiro de Santa Maria das Junias e suas ruinas, fundado no sec. XII, este mosteiro, inicialmente beneditino, aderiu á reforma de Cister. Pobre na origem, foi adquirindo alguns rendimentos na região de Barroso e na Galiza. da construção original ainda se conservam o Portico lateral da Igreja, singelo e de estilo Romãnico e o lançamento discreto das Arcadas do Claustro em ruinas. Aprecíamos ainda o Ribeiro de Campesinho que vai dar origem ás Cascatas de Pitões e ainda o Moinho de água paralelo ao Ribeiro onde conhecemos o Sr Manuel de Parada que nos falou de si do seu gado, cerca de 40 cabeças no monte, do seu trabalho arduo e duro, das suas vacas parídas segundo ele cerca de 35 cabeças em casa (curral ou cerca) como ele disse, uma vida dura, ainda deu para provar um pouco do seu vinho caseiro e depois de cerca de 30 minutos de conversa lá partiu com seus possantes cães em direção ao monte, nós subimos e fomos em direção á Cascata de Pitões onde encontramos outro pastor o Sr Manuel Heitor de Pitões (ele fez questão de nos dizer que era de Pitões), que também nos falou da serra, do gado, dos trilhos, um prazer ouvir estes senhores estes trovadores do tempo e suas historias mas o tempo passava e continuamos escadas abaixo até ao miradouro onde a cascata exibia todo o seu poder, a sua força, ainda mais forte devido ás ultimas chuvas. Apreciamos as maravilhosas cores outonais, o amarelo, o laranja, o verde, o castanho, as cores da época outonal, sobre as folhas humidas que mais pareciam com o efeito do vento dançar para nós, um espetaculo de cor e beleza. Subimos então em direção ao centro aldeia e fomos lanchar á Taberna Terra Celta, um maravilhoso ponto de encontro das gentes da serra e dos turistas que por cá passam onde a comida caseira (petiscos) é do melhor então num dia frio junto á lareira central é qualquer coisa de outro mundo. Falando um pouco com a proprietaria descobrimos que era nossa vizinha em Gaia e que se encontrava em Pitões desde 2007, é um espaço de convivio que vai desde o rustico, estilo da casa á nobreza da pedra e da madeira e uma decoração cheia de cor, uma musica excelente ou seja tudo aqui parece perfeito. Cá fora no largo Eiró ainda recebemos as fitas da sorte escutamos os Gaiteiros de Pitões e assistimos á despedida do Verão, convivemos um pouco no Magusto Celta.
Á noite já o frio apertava, decidimos que estava na hora da partida mas ainda fomos á famosa padaria de Pitões onde compramos o pão tradicional de Pitoes e lá regressamos a Gaia.