Célitos da Montanha: Trilho Ponte do Arado a Cutelo de Pías

Depois de uma semana com metereologia um pouco confusa lá fomos sem saber com o que contar, mas ao sair de casa Nevoeiro cerrado levantava algumas interrogações desde logo para onde? Pois não somos apologistas do arriscar na Montanha, gostamos muito dela mas respeitamo-la muito mais, mas lá fomos e pelo caminho veio-nos à ideia a beleza da montanha que com o nevoeiro ganha uma especie de magia e nada melhor que um trilho conhecido para descontrair caso o nevoeiro não levantasse e o escolhido foi Ponte do Arado a Cutelo de Pias. Cerca das 9 horas viatura parada no Parque da Ponte do Arado, mochilas às costas e lá fomos, passamos Pála do Abel e Cascata do Arado que ganhava ainda mais beleza no meio daquela Bruma continuamos até Giesteira onde apanhamos antigo Trilho da Vezeira da Ribeira até Couriscadas. Embora a paisagem fosse nula pois visibilidade não passaria dos dez metros mas as goticulas nas teias compensavam a paisagem e nos enchiam de prazer. Chegados a Couriscadas Cabana nova com telhado levantado e solto ainda deu para pregar umas chapas e colocar umas pedras por cima para evitar que novamente levantassem com o vento, ao mesmo tempo que reparávamos que o antigo Forno (abrigo) estava quase tapado com mato e logo a luzinha acendeu e aquele clique de "Temos de a por bonita" e num abrir e fechar de olhos as luvas de mato estavam calçadas e a foice na mão, felizmente estava limpa de lixo e apenas foi necessario limpar o mato. Forno já bonitinho e arranjado lá continuamos sempre com visibilidade reduzida até Arrocela e sua Cabana agora com identificação, saboreamos um pouco da sua agua fresquinha e lá seguimos em direção a Cando. Lá chegados visibilidade era inferior a cinco metros e demos inicio à subida para nosso destino, quando a 3/4 da subida como por magia e numa fracção de segundos nevoeiro levantou onde Roca Negra e Arrocela aparecem no horizonte com uma beleza extraordinaria mas conforme apareceu em menos de dois minutos tudo ficou na mesma sem visibilidade e lá continuamos. Chegados na Turfeira da Rocalva encontramos umas perdizes bebés cheias de medo a tentar refugiar-se de nossa presença, seguimos até Cabana da Rocalva onde decidimos almoçar. Almoço tratado e nevoeiro já mostrava sinais de levantar lá fomos ao nosso destino tentar fotografar Vale do Rio Conho mas do cume de Cutelo de Pías que nos proporcionou uma paisagens fantasticas com muitas nuvens baixas e bancos de nevoeiro tambem baixos. Depois de conseguir objetivo continuamos por Vidoirinho, Pradolã, Pousada, Pinhõ, Ponte das Servas e Malhadoura até Ponte do Arado onde terminamos trilho.
Um Trilho muito atípico devido ao nevoeiro, mas compensado pela sempre maravilhosa companhia de minha mulher e companheira a Célita da Montanha.

Distancia- 16, 52 Km Duração- 09 h 44 Dificuldade- Dificil com nevoeiro

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